sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Pesquiseduca: Pesquisadores realçam um retrato da educação

Em linha, o novo número da Revista Pesquiseduca, periódico do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Católica de Santos-SP. Pesquisadores de distintos lugares do País realçam um retrato da educação brasileira, abordando temas como políticas educacionais, formação, infância, multiculturalismo, etc., além de se veicular uma resenha sobre os clássicos do pensamento educacional brasileiro. Da minha parte, lá estou com o trabalho 'Reconfigurações do Campo Pedagógico: Educadores Sociais e as Perspectivas da Educação Ambiental Popular' (pág. 164-181).

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

'A má pedagogia política dos protestos'

A seguir, reproduzo um artigo do Prof. Fabiano Santos (cientista político/UERJ) a respeito do que pode ser designado como 'a má pedagogia política dos protestos'.  


Fabiano Santos 

“Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem como querem: não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”. A frase consta do primeiro parágrafo da clássica obra de Karl Marx, O 18 Brumário de Luís Bonaparte. Segundo o genial analista político alemão, as circunstâncias são essenciais para entender o sentido e efeito das escolhas e os cursos de ação tomados pelos indivíduos e grupos sociais. Circunstâncias podem ser entendidas como um conjunto de fatores que escapam ao desígnio dos agentes da história, isto é, que não dependem de sua vontade, mas que, no entanto, serão determinantes para o resultado final do processo. Processo aqui entendido como conflito, como disputa e alianças entre indivíduos e grupos tendo em vista a defesa de seus interesses, valores, ideias e identidades.
Nada mais importante na atual conjuntura brasileira do que revisitar o ensinamento de Marx contido em sua brilhante análise de conjuntura. Na França revolucionária de meados do século XIX, classes e frações de classes, grupos e facções políticas, cada um agindo na direção de maximizar seus interesses, da conquista de seus ideias e valores mais caros, acabaram por produzir resultado não desejado por ninguém, resultado, ademais, que em nada traria de novo na vida política francesa de então: trouxe sim o retorno do déspota, do estado autoritário e do golpe como instrumento de tomada do poder. Nem o sobrenome do ditador, no caso, encerraria alguma novidade.
Por que o ensinamento é importante para o momento atual, relevante, em suma para se pensar a política brasileira neste início do século XXI? Total esquecimento dos achados mais relevantes da obra política de Marx é o mínimo que se pode dizer sobre a atuação e discurso de boa parte da esquerda brasileira, sobretudo, a partir das manifestações ocorridas em junho do corrente ano. Quando Marx, no 18 Brumário, se refere às “circunstâncias”, fator chave para o sucesso da ação política, tinha duas coisas em mente: correlação de forças e estrutura social. Uma boa estratégia política é aquela que observa seus contendores e possíveis aliados, bem como os recursos com os quais contam, sendo os atores participantes do jogo, assim como seus recursos em boa parte decorrência da estrutura social.
A estrutura social brasileira hoje é fruto do tipo de capitalismo, com forte participação do estado, que temos desenvolvido desde a revolução de 30, com suas transformações e permanências. Seus atores sociais e políticos mais importantes advêm desta trajetória, sendo qualquer agenda minimamente factível de desenvolvimento dependente em alguma medida de um comportamento cooperativo destes. O papel da política democrática, bem como o de suas instituições é exatamente o de servir de mediação dos interesses em conflito de forma a gerar pautas socialmente inclusivas e de expansão econômica, pautas que contem com boas chances de aprovação e realização.
Plausível, portanto, sustentar que a superação dos obstáculos ao crescimento e ao estabelecimento de políticas públicas eficientes de inclusão social depende da criação de contextos de cooperação e explicitação de divergências entre os principais protagonistas de cena econômica e social. É plausível também sustentar que a Constituição de 88 fornece excelentes instrumentos aos governantes para o estabelecimento de tais contextos. Se é assim, a pedagogia política que ficou das manifestações de junho não é boa. Intolerância, grito e depredação são seus instrumentos. Idealismo e voluntarismo, sua inspiração teórica. Decepção e surpresa, a continuar a tergiversação esquerdista, serão seu provável resultado.  
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cursos que não valem

Já que as pesquisas em políticas educacionais, no Brasil, nos últimos tempos, têm, inexplicavelmente, passado ao largo de determinados temas, pesquisadores estrangeiros, de quando em vez, passaram a tratar do assunto. É o que faz Tristan MacCowan, da Universidade de Londres, em reportagem da BBC, focando uma 'questão espinhosa', que, por ideologia e populismo, não tem sido tomada devidamente em consideração: a ampliação do número de cursos superiores.  A conferir abaixo. 

Diploma (Foto BBC)

Para Tristan MacCowan, professor de Educação e Desenvolvimento da Universidade de Londres, que há pelo menos uma década estuda a evolução do sistema educacional brasileiro, alguns desses cursos "não aumentam a capacidade de inovação da economia, não impulsionam sua produtividade e acabam ajudando a perpetuar uma situação de desigualdade, já que continua a ser vedado à população de baixa renda o acesso a cursos de maior prestígio e qualidade".
Aos poucos, segundo o especialista, estaria sendo consolidado no sistema de ensino superior brasileiro uma espécie de sistema "dual", no qual os cursos e universidades mais disputados - públicos e privados - continuariam a receber principalmente estudantes da elite, enquanto boa parte da população de baixa renda acabaria em faculdades de segunda classe, "nas quais a experiência de aprendizagem seria bem diferente".
"Em muitas das instituições de ensino superior acessíveis a essas classes não há estímulos para que os estudantes busquem conhecimento fora das salas de aula, nem oportunidades de pesquisa ou chances para eles expandirem sua experiência universitária", diz o especialista.
"Muitos acabam sendo mais uma extensão do ensino básico e fundamental do que uma faculdade ou universidade propriamente ditas."
Segundo a última pesquisa do Instituto Paulo Montenegro (IPM), vinculado ao Ibope, divulgada no ano passado, quatro em cada dez estudantes do ensino superior no Brasil não são "plenamente alfabetizados" - ou seja, não conseguem interpretar um texto, gráficos ou tabelas, nem fazer contas matemáticas um pouco mais complexas - por exemplo, envolvendo porcentagens.
"O problema é que o domínio da linguagem e da matemática são ferramentas básicas para que se possa avançar na aprendizagem de conteúdos mais complexos", diz Ana Lúcia Lima, diretora do Instituto.

'De mentira'
A opinião de um ex-professor de arquitetura sobre a qualidade dos alunos e do ensino na faculdade em que ele deu aula por cinco anos dá a medida dos desafios que envolvem a expansão do acesso à universidade no Brasil: "Esses cursos dão a muitos jovens uma chance de conseguir empregos que pagam um pouco melhor, mas quem vive o dia-a-dia de algumas dessas faculdades privadas sabe que classificá-los como ‘curso superior’ é uma grande mentira", diz ele.
O ex-professor, de São Paulo, conta que alguns de seus alunos chegavam a sala de aula sem saber fazer uma equação de primeiro grau ou escrever um texto "que fizesse sentido" - e boa parte do trabalho do corpo docente da instituição era tentar suprir as carências de um ensino básico e fundamental deficiente.

"Havia alguns alunos bons e muitos problemáticos - e os professores eram pressionados a aprovar a maior parte dos matriculados mesmo que seu aproveitamento do curso fosse mínimo", diz ele.
Desde 2001, o número de instituições de ensino superior no país passou de 1.004 para cerca de 2,5 mil e a quantidade de matrículas mais que dobrou, chegando a 6,7 milhões no ano passado, segundo dados da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
O relato do ex-professor, porém, não chega a ser uma surpresa para Tristan MacCowan.
"Não há como negar que o Brasil fez avanços significativos na expansão do acesso ao ensino superior - e isso é positivo - mas essa expansão precisava ser acompanhada de um controle sobre a qualidade das novas instituições e um desenvolvimento significativo dos mecanismos de regulação e supervisão do setor, o que parece não ter ocorrido", acredita MacCowan.
Segundo o especialista, na comparação com outros países, o caso brasileiro se destaca justamente pela falta de rigidez de sua regulamentação. "Chama a atenção a facilidade com a qual grupos privados que visam o lucro podem abrir instituições de ensino no país, por exemplo, - o que implica em riscos significativos", alerta.
O governo tem feito um esforço para ampliar a oferta em universidades públicas, principalmente no interior do país, mas 74,6% dos estudantes ainda estão matriculados em instituições privadas, segundo a última Pnad, que registrou um aumento de 1,4 pontos nesse porcentual de 2011 para 2012.

ProUNI
Segundo especialistas, a expansão da educação superior no Brasil na última década foi o resultado de dois processos combinados.
De um lado, em um cenário de maior crescimento e menor desemprego, muitos jovens da classe C se sentiram estimulados a estudar mais que seus pais para ampliar suas oportunidades no mercado de trabaho e perspectivas de rendimento.Também aumentou a quantidade de famílias com recursos para investir em educação - o que ampliou a demanda por cursos e serviços nessa área.
Simultaneamente, foram adotadas uma série de políticas públicas para garantir que tal demanda fosse atendida.
Desde 2007, o Governo Federal procurou ampliar a oferta de vagas na rede pública via Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e universidades federais começaram a adotar sistemas de cotas raciais ou para alunos de escolas públicas.
Para as instituições privadas, o maior estímulo foi o Programa Universidade para Todos (ProUNI), que tem financiado, com bolsas parciais ou integrais, milhares de estudantes de baixa renda em cursos superiores por todo o país.
Com tais impulsos, o ensino superior privado tornou-se um dos segmentos mais promissores da economia brasileira. Em 2012, empresas do setor estiveram entre as que mais se valorizaram na Bovespa e não demorou muito para que se estabelecesse uma dinâmica de formação de megagrupos para atender o filão.
Por todo o país, novas faculdades têm recebido jovens que recebem bolsa do governo ou trabalham de dia para pagar os cursos que frequentam à noite.
"Temos pela frente um grande desafio para expandir a qualidade desses cursos e da formação básica dos estudantes que chegam a suas salas de aula", diz Lima. "Isso é essencial para evitar que a escolaridade dos brasileiros avance apenas no papel."
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sábado, 12 de outubro de 2013

Carta a um (imaginário) iniciante em pesquisa

Sempre que ministro uma disciplina ou seminário sobre pesquisa na pós-graduação, procuro começar com uma reflexão breve, mas que pretende ser instigante, a respeito da investigação científica. Reflexão sobre a incursão pelos surpreendentes e venturosos caminhos do conhecimento. A sabedoria oriental, estou convencido, tem muito a nos dizer a esse respeito. Certa feita, ao responder a um interlocutor admirado com o seu grau de conhecimento, Confúcio afirmou: 'é que eu consegui achar o fio da meada'. 'Questão de método', eis o ponto. 'Questão de método', o que não por acaso pode ser tomado como analogia em relação a uma obra de Sartre de igual denominação. O que abaixo segue, foi a breve nota de abertura de uma disciplina recente sobre Pesquisa em Educação. 

O enigma da esfinge e o conhecimento: necessidade de aprender a decifrar 


Por Ivonaldo Leite

Podemos começar por falar sobre pesquisa e conhecimento científico fazendo alusão a uma expressão utilizada na literatura alemã pelo escritor Johann Wolfang von Goethe: “Tudo que é próximo se afasta”. Ao dizer assim, Goethe referia-se ao crepúsculo do cair da tarde, mas, como bem notou o argentino Jorge Luís Borges, o axioma goetheano pode ter como endereço a própria vida, as perdas que ela impõe a todos ao longo dos tempos. Privado da visão, Borges foi emblemático: ao entardecer, as coisas mais próximas já se afastam de nossos olhos. Todas as coisas vão-nos deixando. A velhice deve ser a suprema solidão, salvo que a suprema solidão é a morte.
Por certo, é melancólico que o mundo visível se tenha afastado dos olhos de Borges quando da manifestação crepuscular de uma existência que, pela sua produção espiritual, negava o perecer e o sagrava pela consagração da sua obra. Ser e tempo. Neste particular, ponto para outro alemão, o filósofo Heidegger. Todos nós estamos, de fato, na possibilidade de recorrer à vontade e à inteligência para conduzir as emoções; isso prova uma certa primazia do querer e do saber sobre o sentir. Contudo, esse recurso à inteligência e à vontade não nos deve levar ao erro de negar que estamos primeiro no sentimento. A existência-no-mundo é uma grande emoção: é o sentimento de estar atirado numa situação que nos parece desviada de nossa verdade e tremendamente perigosa. Ao que se nos apresenta a trilha a seguir.
O permanente do pensamento é o rumo. Nos rumos do pensamento, escondem-se as possibilidades misteriosas de nele podermos avançar retrocedendo, de a  própria via de retorno nos conduzir para adiante. Na penumbra da sua luz, o pensamento vê a realidade iluminada. E nós, habitantes de sua iluminação. Mas a sua pouca luz, em vez de sossegar, inquieta a nossa ignorância, afinal é próprio do pensamento estar em dúvidas e cheio de enigmas. O presente do que estava próximo, do que foi, passou, e agora, distantes, olhamos o ser no tempo pretérito indagando-nos a respeito do que ocorreu, sob o impulso dos raios de luz emanados do ato de pensar.  
 A sobrevivência de uma realidade finita, que para trás ficou, atormenta o pensamento por ainda revelar o sentido do ocorrido. Nostálgica angústia. Mas este é um estado que, antes de qualquer coisa, abre-nos o mundo enquanto mundo, a experiência da existência. Assim, o termo existir torna-se sinônimo de ser-no-mundo, não constituindo, no fundo, senão outro nome para exprimir o que Husserl entende pela intencionalidade da consciência, ao defini-la como vida que experimenta o mundo.
 A existência não se esgota na compreensão do viver necessariamente na circunstância-mundo, nem na compreensão do risco do ganhar ou perder. Ela ainda se compreende como ser-para-o-fim, que se abre para outro porvir, transcendendo o seu em si. Busca de conhecimento.
Mas, como chegar a esse conhecimento, designadamente ao conhecimento sistematizado, científico? Pela pesquisa, pelo emprego de métodos.
Note-se: métodos, no plural. E se método é caminho, há de se buscar mais de um caminho para chegar ao conhecimento sistemático. No mais das vezes, trata-se de um processo com percalços, onde é preciso saber desbravar as trilhas. Contrapor-se a opiniões dominantes. Dizer verdades que podem não agradar a maiorias eventuais. Mas, como ensinou Galileu Galilei, personalidade fundamental da Revolução Científica no século XVII, a verdade não resulta do quantitativo que nela acredita, assim como também não decorre da autoridade que a pronuncia, mas emana, sim, do seu percurso no tempo, na história. Ele próprio, Galileu, é um exemplo a ser referido como alguém determinado a buscar o conhecimento, tendo de enfrentar os percalços decorrentes do contexto de incompreensão da época em que viveu (só tardiamente, muito tempo depois, reconheceu-se o acerto do seu pensamento). 
Por estas e outras razões, na busca do conhecimento, falamos de métodos no plural, de caminhos. E, sobretudo nas ciências humanas, as formas de buscar o conhecimento, de estudar determinado tema, podem assumir um caráter de bastante singularidade. As configurações da pesquisa/observação participante exemplificam isso. Mas não só. A técnica da pseudografia, embora possa ser considerada um ‘recurso marginal’ (das margens), também é de ser referida. No mundo da poesia (onde é frequente a sua utilização), sabe-se bem como Fernando Pessoa dela fez uso. Mas, também assim ter-se-á passado, em alguns momentos, com a topografia filosófica de Walter Benjamin, o pensador judeu-alemão de ‘uma verve marcante’.  
Ficamos com a impressão que Benjamin, quase nunca jogando com ‘cartas descobertas’, utilizou a técnica da pseudografia, tão cara aos místicos e poetas, para surpreender a verdade, suspeitando ser esta inacessível à mediação autônoma direta. E é assim que nele encontramos o impulso para romper com a lógica que aborda limitativamente o universal e o individual. O inquieto desejo de compreender a essência sem a destilar em operações automáticas e sem a contemplar em duvidoso êxtase imediato. Estiola então a máscara da ‘ideologia dos dados’, encontrando por trás dela a face do conceito extraviado. Dissipa uma ‘pretensa chave metafísica’ de interpretação de imagens enigmáticas. Mesmo estas, como se diz no barroco poema sobre a melancolia, têm que colocar-se a falar. E por estas e outras alamedas, somos informados que o preço da esperança é a vida. 
É esse o mundo que se coloca ao iniciante na pesquisa, na busca do conhecimento sistematizado. Dele, exige-se esforço, dedicação e disciplina nos estudos (se as coisas são tratadas com a seriedade devida e o compromisso necessário). No desenvolvimento do seu trabalho, terá de manter-se aberto às mudanças, abdicando de posições comuns relativas à temática da pesquisa, de opiniões construídas por pré-noções, de ideias não problematizadas analiticamente. Por mais que posições, opiniões e ideias estejam arraigadas no seu cerne e sejam do seu cotidiano. Mas, relacionando ciência e arte, vale (re)lembrar o que afirmou Goethe: o afastamento do que é próximo. O sujeito do conhecimento do início de uma pesquisa não há de ser o mesmo do seu fim. Se o seu percurso for exitoso, ao longo da trajetória do estudo, haverá de ter aprendido a exercitar a arte de pensar/refletir, e então terá superado, como disse Bourdieu, as categorias de pensamento impensadas, que delimitam o pensável e predeterminam o pensado.







quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Chile: Saudação da Sociologia Latino-americana


Discurso de saludo del Presidente del Congreso ALAS 2013, Profesor Marcelo Arnold
Marcelo Arnold: saudação aos cientistas sociais da América Latina 


Discurso de saudação do Presidente do Congresso Latino-americano de Sociologia (ALAS-2013), em Santiago do Chile: 

Estimadas autoridades; académicos, académicas, estudiantes, compañeros y compañeras. Mis primeras palabras son de orgullo, satisfacción y reconocimiento. Estamos impresionados de tener una asistencia tan numerosa, por la confianza de colegas que concurren de toda Latinoamérica e, incluso, de otros continentes. Vuestra presencia rompe nuestro tradicional aislamiento, cercados como estamos entre mar y cordillera. Sin duda, muchas redes y vinculaciones se desarrollarán durante estas jornadas y de las cuales nos beneficiaremos durante mucho tiempo.
QUÉ SOMOS
ALAS tiene por objetivos crear, producir y difundir conocimientos sobre nuestra Región. Le interesa estimular la discusión y la comunicación entre la academia y la sociedad. Entre sus fines está contribuir a la elaboración de propuestas alternativas orientadas a promover una vida justa y digna, así como a la integración –entendida como unidad en la diversidad– de América Latina y el Caribe. Bajo estas premisas se encuentra el sello de nuestro Congreso.
HISTORIA
El momento de esta inauguración conduce a recordar los pasos que nos han precedido y hacer un tributo a nuestra historia.
¡ALAS es una persona adulta mayor! Han pasado 62 años desde que se realizó en Buenos Aires nuestro primer Congreso, bajo el alero de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Esta institución fue fundada por un grupo de intelectuales latinoamericanos el año 1950. Entre sus primeros miembros había argentinos, brasileños, colombianos, ecuatorianos, venezolanos y dos chilenos: Astolfo Tapia y Marcos Goycoolea. A partir de ese momento, parte del quehacer sociológico que se desarrollaba en distintos países latinoamericanos se integra en un proyecto común. No es casual que su primer Congreso se haya consagrado a discutir la necesidad y las condiciones de existencia para una sociología latinoamericana.
Desde el año 1951 se han realizado 29 congresos, los que con el tiempo se han constituido en nuestro festivo ritual de encuentro y renovación. El presente es el cuarto realizado en Chile, el más reciente tuvo lugar en Concepción el año 1999. Desde ese año se han realizado Congresos en Antigua, Arequipa, Porto Alegre, Guadalajara, Buenos Aires y, finalmente, en Recife.
Se cumplen cuarenta y un años de nuestro último Congreso en Santiago de Chile, en el cual algunos de los presentes participaron. Su tema central fue Las luchas de clase y las transformaciones sociales en América Latina, estábamos en el Chile de Allende. Por esas fechas (1972), nuestra sociología era una disciplina bastante nueva, sin embargo, el momento político que atravesaba el país era de gran efervescencia. América Latina, mayo del 68, Fidel Castro, Camilo Torres, el guevarismo, la Unidad Popular, todo propiciaba grandes cambios.
Hoy Chile nuevamente es foco de observación, pero en un contexto muy diferente. No puede pasarse por alto el hecho de que este Congreso tenga lugar en un mes en el que se cumplen 40 años del Golpe de Estado de 1973 y que estemos  a menos de dos meses de elecciones presidenciales.
Me he detenido en estas precisiones pues la renovación de ALAS se nutre con sus nuevas generaciones. Bueno es saber que nada empieza de la nada. De nuestra historia provienen nuestras peculiaridades institucionales, por ejemplo, la tensión entre la academia y la política o entre el conocimiento y la transformación social, las cuáles son constitutivas de nuestro ethos y de nuestra fortaleza institucional.
NUEVAS REALIDADES
Frente a nuevas realidades la comprensión de la sociedad se hace cada vez más necesaria. Las recurrentes crisis sociales han intensificado la demanda de conocimientos, tanto para la caracterización estructural de la sociedad como para su intervención y cambio. Incluso quienes desconfían de las instituciones académicas y proponen cambios sociales profundos buscan inspiración en nuestras disciplinas.
Mientras tanto, el panorama mundial nos surte de amenazas y de esperanzas. Vivimos tiempos donde la inseguridad, la sensación permanente de estrés, la adicción a drogas, los trastornos alimentarios y las depresiones han pasado a ser dolencias normales; donde las precariedades, exclusiones y desigualdades no son momentáneas anomalías, sino que forman parte del núcleo mismo de la actividad social contemporánea.
Todos estos efectos se aprecian en forma aguda en nuestros países. Como destaca nuestra convocatoria, el patrón predominante de los capitalismos contemporáneos profundiza las desigualdades y provoca nuevas formas de dependencia. Por otro lado, la sociedad civil está más movilizada, se ha hecho notar y se multiplican sus demandas. Vivimos una época dura pero rica en expresiones.
Específicamente, nuestro país debe responder a una compleja ecuación entre sus indicadores de crecimiento que esconden una abismal desigualdad en la distribución de su riqueza, con el aumento de las expectativas de la población y sus crecientes niveles de decepción y desencanto. En la práctica, somos uno de los mejores escenarios para observar las consecuencias de un modelo, aparentemente exitoso, pero cuyo modo de funcionamiento amplifica y diversifica las exclusiones sociales. Bueno, no me corresponde aquí hacer las interpretaciones, ustedes durante nuestros debates sacaran sus conclusiones.
CONGRESO ALAS CHILE
Los primeros Congresos de ALAS congregaban, con suerte, a un par de centenas de participantes. Para este evento recibimos más de seis mil propuestas de ponencias; las seleccionadas (5.533) debieron ordenarse en treinta y tres grupos de trabajo; paralelamente se propusieron más de 90 paneles y se presentaron más de 147 libros para su lanzamiento. Todas estas actividades confluyen en una gran mezcla de temas clásicos y nuevos, representando fielmente la continuidad y el cambio de nuestras disciplinas y sus preocupaciones.
En Buenos Aires y luego en Recife nos propusimos organizar este Congreso que, sobrepasando nuestras expectativas ha terminado siendo multitudinario. Eso nos ha exigido el máximo de nuestras capacidades; sin duda, hemos tenido desaciertos pero esperamos aprender de ellos. Afortunadamente contamos con una enorme colaboración solidaria, nacional e internacional.
Nos hemos preparado con mucho compromiso y con una gran convicción de la importancia de nuestras disciplinas para mejorar las actuales condiciones de vida en nuestra región. Quisiera destacar algunas novedades de nuestro Congreso.
NUEVOS GRUPOS DE TRABAJO
A los Grupos de Trabajo tradicionales de ALAS se han incorporado tres: Teoría Social Contemporánea; Sociología del Arte y la Cultura, y Sociología del Desarrollo. Así, las actividades centrales en nuestro Congreso se han distribuido en 33 Grupos, cada uno especializado en una específica temática de las ciencias sociales.
DEBATE INÉDITO
Bajo la conducción de los dos últimos directivos de ALAS hemos reservado un espacio con los ex Presidentes de la Asociación. Con esos destacados participantes, nos preguntaremos con respecto a las nuevas formas de colonialidad y dependencia bajo las actuales modalidades del capitalismo y acerca del estado de las ciencias sociales y el pensamiento crítico latinoamericano en el nuevo contexto global.
CONSTRUCCIÓN COLABORATIVA
Este Congreso se realiza con la participación de una extensa e inclusiva Red de universidades, que incluye a 15 de los 17 centros de enseñanza de sociología del país. Esta Red está estrechamente vinculada a ALAS, ya que, cuando se formó, su propósito fundacional fue el de restablecer los vínculos latinoamericanos de la sociología chilena.
DIVERSIFICACIÓN DE SEDES
Los grupos de trabajo, paneles y actividades del Congreso se han distribuido territorialmente a lo largo del eje central de la ciudad de Santiago. Ustedes podrán conocer directamente nueve diferentes centros de enseñanza e investigación sociológica.
FERIA DEL LIBRO
Junto a la Asociación de Editores Independientes de Chile implementamos una Feria de Libros, el lanzamiento de nuevas publicaciones y mesas de debate sobre la cuestión editorial en ciencias sociales y sociología.
VÍNCULOS CON ESTUDIANTES
Con motivo del Congreso ALAS, se ha constituido una red de estudiantes que ha desarrollado iniciativas de solidaridad internacional con el objeto de acoger a compañeros y compañeras que asisten a nuestro Congreso.
OTRAS INNOVACIONES
El Congreso ALAS de Santiago de Chile también ha puesto a prueba nuevas formas de selección de ponencias y designación de nuevos coordinadores de Grupos de Trabajo. Estas iniciativas, perfectibles, responden a la premisa de reforzar la excelencia del evento y, a la vez, su inclusividad.
AGRADECIMIENTOS Y RECONOCIMIENTOS
Quisiera reconocer a todos aquellos que han hecho posible este encuentro. A nuestra Universidad de Chile y al Consejo de la Facultad de Ciencias Sociales que nos dio respaldo económico, administrativo y moral para llevar a cabo esta iniciativa; a la Red de Escuelas de Sociología de Chile, representada por sus directores aquí presentes; a las autoridades universitarias, señora Vice-rectora, rectores y decanos de las nueve sedes donde se desarrollarán nuestras actividades, y al apoyo de CLACSO que ha unido parte de sus jornadas con las nuestras.
Personalmente agradezco al comprometido equipo del Comité Organizador del Congreso, a su Comité Consultivo, a los 132 coordinadores que asumieron la responsabilidad de organizar sus Grupos de Trabajo, a los 81 coordinadores de paneles, a nuestros cuatro conferencistas centrales, a nuestros estudiantes, al personal de colaboración de nuestras universidades y, por cierto, a todos aquellos que con su participación, apoyo y presencia constituyen el alma de un evento que se produce desde una auténtica autogestión académica.
Nuestro agradecimiento se extiende a los miembros del Comité Directivo de ALAS y a todos aquellos que, en sus respectivos países, organizaron eventos preparatorios, y a la permanente difusión del nuestro a través del Boletín de ALAS y sus medios asociados.
Por cierto, para finalizar este extremadamente limitado listado de reconocimientos, debo dar testimonio del permanente respaldo, como de las preocupaciones y desvelos, del Dr. Paulo Henrique Martins, Presidente de ALAS, para quien pido un especial aplauso.
CIERRE
Estimados amigos y amigas. A nombre del Comité Organizador del XXIX Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología, que se desarrolla a contar de hoy hasta el viernes 4 de octubre, con el lema “Crisis y emergencias sociales en América latina”, les doy una cordial bienvenida.
Permítanme, desde ahora, declarar inaugurado este evento como espacio abierto al debate y del cual todos esperamos conclusiones relevantes para el conocimiento de nuestras realidades, para así contribuir con propuestas, con sello latinoamericano, a las transformaciones sociales que en el mundo entero se están exigiendo.
ESTIMADOS AMIGOS Y AMIGAS, SEAN TODOS USTEDES MUY BIENVENIDOS. SIENTASE EN SU CASA.
MUCHAS GRACIAS.
 Estimadas autoridades; académicos, académicas, estudiantes, compañeros y compañeras. Mis primeras palabras son de orgullo, satisfacción y reconocimiento. Estamos impresionados de tener una asistencia tan numerosa, por la confianza de colegas que concurren de toda Latinoamérica e, incluso, de otros continentes. Vuestra presencia rompe nuestro tradicional aislamiento, cercados como estamos entre mar y cordillera. Sin duda, muchas redes y vinculaciones se desarrollarán durante estas jornadas y de las cuales nos beneficiaremos durante mucho tiempo.
QUÉ SOMOS
ALAS tiene por objetivos crear, producir y difundir conocimientos sobre nuestra Región. Le interesa estimular la discusión y la comunicación entre la academia y la sociedad. Entre sus fines está contribuir a la elaboración de propuestas alternativas orientadas a promover una vida justa y digna, así como a la integración –entendida como unidad en la diversidad– de América Latina y el Caribe. Bajo estas premisas se encuentra el sello de nuestro Congreso.
HISTORIA
El momento de esta inauguración conduce a recordar los pasos que nos han precedido y hacer un tributo a nuestra historia.
¡ALAS es una persona adulta mayor! Han pasado 62 años desde que se realizó en Buenos Aires nuestro primer Congreso, bajo el alero de la Asociación Latinoamericana de Sociología. Esta institución fue fundada por un grupo de intelectuales latinoamericanos el año 1950. Entre sus primeros miembros había argentinos, brasileños, colombianos, ecuatorianos, venezolanos y dos chilenos: Astolfo Tapia y Marcos Goycoolea. A partir de ese momento, parte del quehacer sociológico que se desarrollaba en distintos países latinoamericanos se integra en un proyecto común. No es casual que su primer Congreso se haya consagrado a discutir la necesidad y las condiciones de existencia para una sociología latinoamericana.
Desde el año 1951 se han realizado 29 congresos, los que con el tiempo se han constituido en nuestro festivo ritual de encuentro y renovación. El presente es el cuarto realizado en Chile, el más reciente tuvo lugar en Concepción el año 1999. Desde ese año se han realizado Congresos en Antigua, Arequipa, Porto Alegre, Guadalajara, Buenos Aires y, finalmente, en Recife.
Se cumplen cuarenta y un años de nuestro último Congreso en Santiago de Chile, en el cual algunos de los presentes participaron. Su tema central fue Las luchas de clase y las transformaciones sociales en América Latina, estábamos en el Chile de Allende. Por esas fechas (1972), nuestra sociología era una disciplina bastante nueva, sin embargo, el momento político que atravesaba el país era de gran efervescencia. América Latina, mayo del 68, Fidel Castro, Camilo Torres, el guevarismo, la Unidad Popular, todo propiciaba grandes cambios.
Hoy Chile nuevamente es foco de observación, pero en un contexto muy diferente. No puede pasarse por alto el hecho de que este Congreso tenga lugar en un mes en el que se cumplen 40 años del Golpe de Estado de 1973 y que estemos  a menos de dos meses de elecciones presidenciales.
Me he detenido en estas precisiones pues la renovación de ALAS se nutre con sus nuevas generaciones. Bueno es saber que nada empieza de la nada. De nuestra historia provienen nuestras peculiaridades institucionales, por ejemplo, la tensión entre la academia y la política o entre el conocimiento y la transformación social, las cuáles son constitutivas de nuestro ethos y de nuestra fortaleza institucional.
NUEVAS REALIDADES
Frente a nuevas realidades la comprensión de la sociedad se hace cada vez más necesaria. Las recurrentes crisis sociales han intensificado la demanda de conocimientos, tanto para la caracterización estructural de la sociedad como para su intervención y cambio. Incluso quienes desconfían de las instituciones académicas y proponen cambios sociales profundos buscan inspiración en nuestras disciplinas.
Mientras tanto, el panorama mundial nos surte de amenazas y de esperanzas. Vivimos tiempos donde la inseguridad, la sensación permanente de estrés, la adicción a drogas, los trastornos alimentarios y las depresiones han pasado a ser dolencias normales; donde las precariedades, exclusiones y desigualdades no son momentáneas anomalías, sino que forman parte del núcleo mismo de la actividad social contemporánea.
Todos estos efectos se aprecian en forma aguda en nuestros países. Como destaca nuestra convocatoria, el patrón predominante de los capitalismos contemporáneos profundiza las desigualdades y provoca nuevas formas de dependencia. Por otro lado, la sociedad civil está más movilizada, se ha hecho notar y se multiplican sus demandas. Vivimos una época dura pero rica en expresiones.
Específicamente, nuestro país debe responder a una compleja ecuación entre sus indicadores de crecimiento que esconden una abismal desigualdad en la distribución de su riqueza, con el aumento de las expectativas de la población y sus crecientes niveles de decepción y desencanto. En la práctica, somos uno de los mejores escenarios para observar las consecuencias de un modelo, aparentemente exitoso, pero cuyo modo de funcionamiento amplifica y diversifica las exclusiones sociales. Bueno, no me corresponde aquí hacer las interpretaciones, ustedes durante nuestros debates sacaran sus conclusiones.
CONGRESO ALAS CHILE
Los primeros Congresos de ALAS congregaban, con suerte, a un par de centenas de participantes. Para este evento recibimos más de seis mil propuestas de ponencias; las seleccionadas (5.533) debieron ordenarse en treinta y tres grupos de trabajo; paralelamente se propusieron más de 90 paneles y se presentaron más de 147 libros para su lanzamiento. Todas estas actividades confluyen en una gran mezcla de temas clásicos y nuevos, representando fielmente la continuidad y el cambio de nuestras disciplinas y sus preocupaciones.
En Buenos Aires y luego en Recife nos propusimos organizar este Congreso que, sobrepasando nuestras expectativas ha terminado siendo multitudinario. Eso nos ha exigido el máximo de nuestras capacidades; sin duda, hemos tenido desaciertos pero esperamos aprender de ellos. Afortunadamente contamos con una enorme colaboración solidaria, nacional e internacional.
Nos hemos preparado con mucho compromiso y con una gran convicción de la importancia de nuestras disciplinas para mejorar las actuales condiciones de vida en nuestra región. Quisiera destacar algunas novedades de nuestro Congreso.
NUEVOS GRUPOS DE TRABAJO
A los Grupos de Trabajo tradicionales de ALAS se han incorporado tres: Teoría Social Contemporánea; Sociología del Arte y la Cultura, y Sociología del Desarrollo. Así, las actividades centrales en nuestro Congreso se han distribuido en 33 Grupos, cada uno especializado en una específica temática de las ciencias sociales.
DEBATE INÉDITO
Bajo la conducción de los dos últimos directivos de ALAS hemos reservado un espacio con los ex Presidentes de la Asociación. Con esos destacados participantes, nos preguntaremos con respecto a las nuevas formas de colonialidad y dependencia bajo las actuales modalidades del capitalismo y acerca del estado de las ciencias sociales y el pensamiento crítico latinoamericano en el nuevo contexto global.
CONSTRUCCIÓN COLABORATIVA
Este Congreso se realiza con la participación de una extensa e inclusiva Red de universidades, que incluye a 15 de los 17 centros de enseñanza de sociología del país. Esta Red está estrechamente vinculada a ALAS, ya que, cuando se formó, su propósito fundacional fue el de restablecer los vínculos latinoamericanos de la sociología chilena.
DIVERSIFICACIÓN DE SEDES
Los grupos de trabajo, paneles y actividades del Congreso se han distribuido territorialmente a lo largo del eje central de la ciudad de Santiago. Ustedes podrán conocer directamente nueve diferentes centros de enseñanza e investigación sociológica.
FERIA DEL LIBRO
Junto a la Asociación de Editores Independientes de Chile implementamos una Feria de Libros, el lanzamiento de nuevas publicaciones y mesas de debate sobre la cuestión editorial en ciencias sociales y sociología.
VÍNCULOS CON ESTUDIANTES
Con motivo del Congreso ALAS, se ha constituido una red de estudiantes que ha desarrollado iniciativas de solidaridad internacional con el objeto de acoger a compañeros y compañeras que asisten a nuestro Congreso.
OTRAS INNOVACIONES
El Congreso ALAS de Santiago de Chile también ha puesto a prueba nuevas formas de selección de ponencias y designación de nuevos coordinadores de Grupos de Trabajo. Estas iniciativas, perfectibles, responden a la premisa de reforzar la excelencia del evento y, a la vez, su inclusividad.
AGRADECIMIENTOS Y RECONOCIMIENTOS
Quisiera reconocer a todos aquellos que han hecho posible este encuentro. A nuestra Universidad de Chile y al Consejo de la Facultad de Ciencias Sociales que nos dio respaldo económico, administrativo y moral para llevar a cabo esta iniciativa; a la Red de Escuelas de Sociología de Chile, representada por sus directores aquí presentes; a las autoridades universitarias, señora Vice-rectora, rectores y decanos de las nueve sedes donde se desarrollarán nuestras actividades, y al apoyo de CLACSO que ha unido parte de sus jornadas con las nuestras.
Personalmente agradezco al comprometido equipo del Comité Organizador del Congreso, a su Comité Consultivo, a los 132 coordinadores que asumieron la responsabilidad de organizar sus Grupos de Trabajo, a los 81 coordinadores de paneles, a nuestros cuatro conferencistas centrales, a nuestros estudiantes, al personal de colaboración de nuestras universidades y, por cierto, a todos aquellos que con su participación, apoyo y presencia constituyen el alma de un evento que se produce desde una auténtica autogestión académica.
Nuestro agradecimiento se extiende a los miembros del Comité Directivo de ALAS y a todos aquellos que, en sus respectivos países, organizaron eventos preparatorios, y a la permanente difusión del nuestro a través del Boletín de ALAS y sus medios asociados.
Por cierto, para finalizar este extremadamente limitado listado de reconocimientos, debo dar testimonio del permanente respaldo, como de las preocupaciones y desvelos, del Dr. Paulo Henrique Martins, Presidente de ALAS, para quien pido un especial aplauso.
CIERRE
Estimados amigos y amigas. A nombre del Comité Organizador del XXIX Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología, que se desarrolla a contar de hoy hasta el viernes 4 de octubre, con el lema “Crisis y emergencias sociales en América latina”, les doy una cordial bienvenida.
Permítanme, desde ahora, declarar inaugurado este evento como espacio abierto al debate y del cual todos esperamos conclusiones relevantes para el conocimiento de nuestras realidades, para así contribuir con propuestas, con sello latinoamericano, a las transformaciones sociales que en el mundo entero se están exigiendo.
ESTIMADOS AMIGOS Y AMIGAS, SEAN TODOS USTEDES MUY BIENVENIDOS. SIENTASE EN SU CASA.
MUCHAS GRACIAS.